Coldplay - Live 2003 - Richard Thomas - DVD

A primeira coisa a dizer aqui é uma confissão: nunca gostei muito do Coldplay e comprei o DVD meio que no embalo.
Até acho algumas músicas da banda legais, mas essa coisa toda de comércio justo, vegetarianismo, Gwyneth Paltrow, frescura e que tais, um pouco de frescura demais para uma banda de rock.
Ou chegar lá e tocar para agradar quem foi te ver no show ainda não segue sendo a razão de existir desse povo de banda?

No que refere à banda do Chris Martin, parece que não.
Parece que ele precisa passar uma mensagem além da música e até que ele não se sai mal neste show.
As coisas funcionam muito bem e chego até a esquecer minhas broncas, de tão boa que são as imagens, a energia do público e a edição.
Tudo muito legal e perfeitinho. Dá até a sensação de sentir o cheiro do óleo Johnson usado nas bundinhas dos nenês.

Meio chato de tao certo, viu?
Mas mesmo assim eu simpatizo com a banda. Vai entender!

Portishead - Roseland New York - Dick Carruthers - DVD

Não me lembro bem quando foi que ouvi Portishead pela primeira vez, mas algo me diz que deve ter sido antes de encontrar a Minha Mineira e "assentar", uma época onde de vez em quando eu dormia em camas difentes da minha e acordava sem saber direito onde ficava o banheiro.
De qualquer maneira, independente de onde tenha vindo, Portishead veio para embalar o sexo na minha vida.

Até conhecê-los, minhas fuck songs preferidas eram do Soul II Soul e da Fiona Apple. Quem conhece sabe que é preciso ser muito bom para dar mais tesão do que esse dois. Mas a banda da Beth Gibbons conseguiu isso com extrema facilidade.
Desde a primeira vez que ouvi (o vi o vídeo de) "Glotybox", a coisa ficou bem mais gostosa de se fazer.

Este DVD traz um show épico da banda, com direito a muito cigarro, sussuros, scratches e até uma orquestra. Vale muito a pena, mesmo para quem não curte nada relacionado com eletrônica.
Tenho certeza que o sexo vai agradecer.












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R.E.M. - Road movie - Peter Care - DVD

Na época em que comprei este filme, os DVDs do R.E.M. tinham nomes curiosos e meio genéricos. Este é "Road movie" e o anterior se chamava "Tour film".
Isso me lembrou da época em que outra banda com uma sigla como nome, o P.I.L., lançou um álbum chamado "Album" e saiu em uma turnê chamada "Tour".
Certamente tem algum gênio do marketing por trás dessas iniciativas e sou simplório demais para entender.

O DVD é bem feito e traz muitas das minhas preferidas da banda.
"What's the Frequency, Kenneth?", "Losing My Religion", "Orange Crush", "The One I Love" e "It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)" guardam tantas lembranças que eu precisaria usar uma penca de posts, coisa que não pretendo fazer.

Já falei de "Kenneth" e de outras músicas lá no "Minha vida em vinil".
Aqui eu vou falar do Stipe, do Mills, do Buck e do Berry.
Deles e da relação com o público, coisas que esses velhinhos fazem muito bem.
Eles têm o povo nas mãos e usam esse poder sem apelar para fogos de artifício, maquiagens exageradas e perucas. É o perfeito "anti-Kiss".
E funciona maravilhosamente.

Um "puta" show!

Later...with Jools Holland - Louder - Janet Fraser Crook - DVD

Uma versão um pouquinho mais contundente do programa de TV inglês.
Pessoalmente, apesar de curtir músicas mais incomuns, este é o volume que mais gosto. Um monte de bandas legais e barulhentas em performances boas, ainda que não memoráveis.
O som é certinho, a iluminação é legal e a animação meio morna (o que esperar de um estúdio de televisão?), mas não me senti nem um pouco lesado quando levei este mimo para casa.

Só tem gente boa de ambos os lados do oceano no disquinho: Foo Fighters, Garbage, Screaming Trees, Jesus and Mary Chain, Primal Scream e muitos outros.
Dá um pouco de trabalho encarar todas as apresentações de uma vez só, mas vale a pena.

E o apresentador, o britanicamente simpático Jools Holland, também ajuda bastante ao aparecer pouco e falar o necessário.
O foco fica mesmo nas bandas e no prazer do espectador.
Pelo menos o meu foi plenamente satisfeito.

Therapy? - Scopophobia - Perry Joseph - DVD

Eu conhecia o Therapy? (assim mesmo com o ponto de interrogação) de "Nowhere" e "Diane". Nada mais. E só do rádio. Nem os clipes eu havia visto.
E foi nos meus costumeiros passeios à London Calling que os vi novamente, desta vez em DVD. Era um show gravado casa. Na deles, claro.

Até então eu não havia me tocado que Belfast não era o mesmo lugar de onde havia saído o U2 nem que a Irlanda do Norte não tem lá muita coisa a ver com a Irlanda "do sul".
Mas isso ficou muito claro depois que vi o show.
Os caras da banda fazem questão de tirar uma onda com os caras de Dublin, normalmente se referindo à animação da platéia.
Para eles, o povo tinha que se matar de pular já que eles não estava na "p... de Dublin".
Engraçado, para dizer o mínimo. Emblemático das diferenças culturais da Ilha Esmeralda e de toda a Grã-Bretanha.

E o (vocalista) Andy Cairns tem razão em elogiar o público. Eles cantam e pulam o tempo todo deixando que a banda se sentisse mesmo em casa.
E tudo o que é feito em casa fica mais gostoso.

Altamente recomendável para quem gosta de muita alta e rápida.
Eu gosto!

Aerosmith - Big Ones (you can look at) - Vários diretores - DVD

Uma coletânea de clipes que tem "Amazing", "Crazy" e "Cryin´" não pode ser desprezada, ao menos não por alguém que goste da Liv Tyler e da Alicia Silverstone.
Nem que seja por motivos eminentemente sexuais, a banda do Sr. Tyler merece respeito.

Enfileirar um monte de sucessos que todo mundo já viu não ajuda a aumentar a credibilidade, mas vende em bancas de jornal que é uma beleza.
E foi em uma dessas bancas que consegui mais um item para a minha coleção.

Tomando por base o número de vezes que coloco "Crazy" para tocar, não devo estar (nem um pouco arrependido).

Simplesmente amor - Richard Curtis - DVD

O vice-campeão demorou a aparecer. "Quatro casamentos" fiou muito tempo sozinho no topo da minha preferência. Nem Winona e seu "Caindo na real" chegaram perto.
Mas eis que surgiu novamente o Hugh Grant e eu me rendi a outra comédia romântica inglesa.

Às vezes me sinto meio besta por gostar tanto deste tipo de filmes.
Certamente os colegas da minha irmã cineasta, cineastas como ela, devem rir dessa escolha enquanto tentam desvendar que cazzo o Bergman quis dizer com aquela iluminação indireta na cena do "porco no chiqueiro".
Sou simples demais para entender Bergman. Prefiro aquelas mensagens que remetem ao que já vivi no passado, ao que me ensinaram quando eu ainda não precisava ser responsável, ao que entendo sem precisar ler as legendas.
E para isso, nada melhor do que histórias de amor, e histórias de amor inglesas, o que deixa a coisa ainda mais divertida.

Foi por isso que resolvi comprar o DVD mesmo depois de ter visto o filme duas vezes.
Tem a ver com afeição. Afeição principalmente à cena em que o cara se declara para a esposa do melhor amigo sem dizer uma palavra.
Não foi preciso dizer nada para dizer tudo.
O máximo em romantismo!
E viva os bobos que, como eu, gostam de comédias românticas.

Greatest hits - Culture Club - Vários diretores - DVD

Este tem importância histórica e sentimental: foi o primeiro DVD que eu a Minha Mineira vimos no Castelo, logo depois da reforma ficar pronta e logo antes das mudanças começarem a chegar.
Além das paredes, éramos nós, um colchão, uma TV e um DVD player.
Não precisávamos de mais nada.

Os clipes da banda do Boy George embalaram aquela véspera de Dia dos Namorados e viraram trilha sonora pessoal.
Sempre que ouvimos "Karma Chameleon" no rádio lembramos daquelas cenas.
Isso facilita meu apreço pela banda. Não que ela precisasse, mas é que me faz lembrar desses motivos.

Falando um pouco sobre o DVD, boa parte dos grandes sucessos está lá. Gosto especialmente do clipe de "Victims", com aqueles efeitos de movimento e "sumiço" atrás da porta.
Mesmo para quem não pretende fazer inaugurações de primeiros apartamentos, o disco vale a pena pela diversão e leveza.
Vão fundo.

80s DVD Jukebox - Robert Garofalo - DVD

Um caça-níqueis sem nenhuma vergonha.
Literalmente caí no conto do vigário ao comprar esta seleção de playbacks da televisão alemã.
Chega a ser constrangedor ver um monte de bandas sérias fazendo os maiores malabarismos com instrumentos desligados e microfones à deriva.

Mas como quase tudo que se relaciona aos anos 80, a coisa é tão tosca que fica divertida. Roupas, cabelos, maquiagens, cenografia. Tudo é colorido, exagerado e cafona como se fosse de propósito.
E o pior é que era sério.
Ou deveria ser.

Não recomendo a compra, mas se alguém cair nessa armadilha também, deixe o preconceito e o bom gosto de lado e tente se divertir.
É capaz de conseguir.

#1´s - Mariah Carey - Vários diretores - DVD

A compra deste DVD 100% mainstream teve uma única e açucarada razão: "My all".
Minto. Teve "Heartbreaker" também, o que me faz ter dúvidas se me interesso mais pela voz ou pelo corpo da Mariah.
Minto novamente. Tenho que citar também a história de uma vizinha de baia na empresa, que adorava a Mariah e que acabou atiçando a minha curiosidade para a cantora. O fato desse interesse ter despertado o ciúme da minha companheira da ocasião, que pensava que o meu objetivo real era a tal companheira de baia, não agrega muito a este relato. Mas que é verdade, é.

O fato é que esta coleção de clipes é divertida, apesar da qualidade questionável em alguns momentos.
A Mariah canta bem, mas é meio chata, principalmente quando insiste naqueles malabarismos vocais. Suas músicas são comerciais até o talo, mas algumas delas são divertidas.
E ela é bastante gostosa. Quanto a isso, não há contra-indicações, mas não deixem a Patroa escutar.

Lifestyles of the Ramones - Ramones - Vários diretores - DVD

Este é um daqueles itens que a gente compra na banca de jornais só para não perder a amizade.
Uma coleção de clipes, sem muita coesão e absolutamente sem nada a mais.
Praticamente um valor apenas arqueológico.
Mas como gosto muito da banda, acaba valendo a pena.

Eu teria que esperar muitos anos após comprar este disco para ter alguma informação adicional sobre a banda e sua história, mas novamente valeu a pena.

Later...with Jools Holland - Cool Britannia - Janet Fraser Crook - DVD

Mais um exemplar da fantástica série Later, o Globo de Ouro dos ingleses.
Uma fórmula velha, mas que continua funcional é mesmo essa de apresentar bandas ao vivo e desfilar uma série de sucessos do momento, mas acho que a diferença do Later é que, após tocar, ou melhor, nos intervalos entre uma música e outra, umas bandas viram platéia para outras e isso vai até acabar o programa.
Vários pequenos palcos são montados no cenário, cada um com suas características de luz e decoração e as câmeras vão se alternando entre eles de acordo com o ritmo determinado pelo mestre de cerimônias, Jools Holland.
Um programaço!

Esta edição aborda apenas bandas britânicas e me trouxe algumas boas surpresas (Ash, Doves), várias decepções (British sea power, Elbow) e muita coisa memorável de velhos favoritos (Morrissey, Catatonia, Keane, Travis).
Só gente com diferentes sotaques britânicos, roupas esquisitas e cabelos ruins.
Uma maravilha altamente recomendável, sem enfeites e direto ao ponto, como convém a um DVD de música.

Bruno & Marrone - Acústico ao vivo - João Elias - DVD

Mais uma prova de amor.
Para a Minha Mineira, este show gravado em Uberlândia é o máximo.
Para mim, nem tanto, mas até que consigo encontrar alguma graça naquelas músicas meio berradas e até que bem tocadas pelos caras.
Como foi um presente para ela, acho que isso é o suficiente.
E como ela o ganhou depois de casada, o DVD é nosso.
Nada mais a declarar.

Libertadores 2005 - São Paulo campeão - DVD

Ok. Admito que este item tem menos perdão do que os pornôs.
Somente doidos fanáticos compram DVDs com cenas de jogos de futebol e registros de conquistas. E apesar de não ser lá muito fanático, do tipo que vai a todos os jogos do time, independente do lugar, admito meu quinhão de doideira.

Eu tive que comprar este DVD. Era necessário. E foi bom. Ao menos para mim, torcedor semi-fanático do Tricolor.
Coisa linda ver o Morumbi cheio e gritando "É campeão!".

Sobre o filme, é um apanhado da campanha do time na Libertadores de 2005, com direito à íntegra do jogo final contra o Atlético Paranaense no Morumbi.
Como eu não estava lá, fico com o filme e o grito.

The Smiths - The complete picture - Derek Jarman e outros - DVD

Este DVD merece uma frase simples para defini-lo: os Smiths são a banda que eu mais gosto na vida.
Eles "mudaram" a minha adolescência e me apresentaram à música de forma mais séria.
Só isso já seria suficiente para entender o que sinto com relação a este DVD, uma coletânea de clipes (coisa que eu não curto muito) que inclui também um curta do Derek Jarman, que traz algumas músicas enquanto apresenta algumas cenas mudas de um povo no que parece ser Manchester.

Aqui pra nós, acho o curta chato como tudo do Jarman, mas os clipes são o máximo, principalmente o primeiro e único "The boy with the thorn in his side", simplesmente o primeiro clipe deles que vi na TV, o primeiro e o definitivo para estabelecer a minha relação com a banda.
Eu não ligava para as afirmações de que o Morrissey era gay e de que a banda era musicalmente pobre. Já naquela época eu achava que homofobia era burrice e que ninguém tinha nada a ver com meu gosto musical.

Mesmo adorando a banda, não tenho como não admitir que seria muito mais legal se fosse um show ao invés de uma coletânea de clipes, mas quem não tem cão...

Red Hot Chili Peppers - Live at Slane Castle - Nick Wickham - DVD

Um show memorável naquele que deve ser o Hyde Park dos irlandeses.
Nunca estive lá e também nunca conversei com algum nativo para confirmar essa história, mas a julgar pelos shows que são gravados lá, não devo estar muito longe da verdade.

Os Peppers pareciam afiados nesse dia.
Nada das pataquadas do Flea com o trumpete, das meias nos genitais e de fogo nos capacetes. Apenas música da boa e muita empolgação da platéia. A foto da capa mostra bem o tamanho do "problema".
Na minha opinião, boa parte dessa responsabilidade se deve ao guitarrista John Frusciante. Com ele a banda tem outra cara, outro ritmo, outra vibração.
Bom saber que ele sobreviveu à heroína (não sem sequelas) e voltou para o mundo da música, dos vivos e dos Peppers.

Ganhei este DVD de presente de aniversário de um amigo e acho que foi um ótimo presente.
Minhas partes favoritas são as músicas mais lentas como "Scar Tissue" e "Under the bridge", não por acaso, duas músicas onde Frusciante aparece e domina a cena.

Sem medo de exagerar, acho que sem Frusciante na banda, eu teria trocado o DVD logo depois de recebê-lo.